Baro: brunch canadense com uma pitada de América Latina

Em um país tão multicultural como o Canadá não é de se espantar que tudo se misture. E a prova mais evidente são os restaurantes multi-culturais espalhados pela cidade.

O mundo conhece a “cozinha fusion”, mas talvez só no Canadá encontramos a cozinha “Canadá + Minha terra”.


jornalista lifestyle

No Canadá, sabores estrangeiros encontraram um terreno fértil para se adaptarem à culinária local, criando novas versões de pratos tradicionais. E brunches são as melhores oportunidade para experimentá-los.

Sábado passado foi a vez de visitarmos o Baro, do chef Steve Gonzales, canadense de família colombiana que ganhou notoriedade depois de participar do Top Chef.

O menu de Gonzales é perfeito para quem procura um bom brunch em Downtown Toronto, com uma pitada de latinidade. Aliás, mais que uma pitada, um ambiente todo dedicado à cultura latina.

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O crânio sobre a bancada da hostess já nos avisa assim que chegamos que estamos a ponto de excursionar por uma experiência latina. E é isso que queremos, si, señor!

A base do menu é de um brunch tradicional: encontramos os ovos beneditinos, o shakshuka, as panquecas… mas tudo sempre com o toque latino que mencionei.

Pedi os Huevos Benedict ($ 19), que assim como seu original, vem com dois ovos poached cobertos com molho hollandaise. Mas no lugar do muffin inglês, vem o que eles chamam de “pan de queso”, que até cheguei a pensar que poderia ser o nosso pão de queijo brasileiro, mas não… era simplesmente uma das melhores invenções culinárias da face da terra: um queijo firme empanado.

E, obviamente, se estamos na América Latina o hollandaise não é apenas um hollandaise, tinha um toque de aji yuzu. Ok, o yuzu é japonês, mas o aji é uma tradicional pimenta mexicana.

O Cris pediu Chori Papa ($ 21), que também se assemelha muito a um prato de café da manhã normal norte-americano: vem linguiça, ovos e batatas. Mas, além disso vinha pimentões, queijo de cabra, milho, aioli de pimenta chipotle e tortilhas, para que o prato pudesse ser comido como tacos. Mais mexicano impossível.

Para acompanhar a comida pedimos Sangria Roja ($ 16), à base de vinho tinto com brandy, manga, morango e limão.

O Baro não está nem aqui, nem na América Latina, mas prova que não precisa ser fiel a um único lugar para oferecer uma experiência autêntica e saborosa.

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