Precisamos começar desfazendo mitos.
O primeiro que precisamos desmentir é essa ideia errada de que exercícios físicos são exclusivamente para cultivar um corpo bonito.
Aqui precisamos separar beleza de saúde. Se bem as duas podem andar juntas, elas são independentes entre si. Até mesmo porque podemos dizer que beleza é mais subjetiva que a saúde.
Precisamos admitir – de uma vez por todas – que beleza nada mais é que padrões estabelecidos seja pela sociedade onde estamos inseridos ou seja por nós mesmos. Não vou me aprofundar aqui neste vídeo, mas convenhamos: se achar bonito está – ou ao menos deveria estar – dentro de cada um.
Cada um de nós tem padrões de beleza determinados pela nossa personalidade, nossa cultura, nossa criação… entre tantas outras influências.
Agora, ser saudável é universal. Há métricas que definem o que é ser saudável, como por exemplo, níveis de determinadas substâncias no organismo, taxa de batimento cardíaco, pressão sanguínea, índice de massa corporal… só para citar alguns.
Se bem não é também tão preciso, pelo menos há números e tabelas que nos guiam para determinar se uma pessoa é saudável ou não.
E quando falamos em exercícios físicos estamos falando de algo que traz benefícios bem visíveis e outros não tão visíveis.
Como esses benefícios visíveis – ou seja emagrecimento, desenvolvimento muscular, etc. – são os mesmos que tendem a se encaixar nos padrões de beleza da sociedade, é normal que a gente associe as atividades físicas mais à beleza que à saúde.
Mas o corpo definido no fim das contas é apenas a ponta do iceberg. É apenas a parte visível de um conjunto enorme de mudanças que acontece no seu corpo quando você passa a se exercitar regularmente.
Há inúmeros estudos que relacionam exercícios físicos a melhorias de saúde, seja diminuindo as chances de desenvolver determinadas doenças, seja combatendo doenças já existentes, passando até por ganhos cognitivos e melhoria da saúde mental.
Mas nada disso o espelho mostra.
A Organização Mundial da Saúde estima que, atualmente, no mundo, 65% e 80% das pessoas tenham um estilo de vida sedentário, ou seja, não fazem atividades físicas pelo tempo mínimo necessário para manter um corpo saudável.
A própria OMS recomenda que todo adulto faça, no mínimo 150 minutos de exercícios moderados ou 75 minutos de exercícios intenso por semana.
E sim, estamos falando de cardio e exercícios de força, que são dois tipos de atividades diferentes e, por isso, se complementam porque trazem benefícios diferentes.
Não, não dá para escolher uma só das duas. As duas são necessárias.
Aliás, a fauna de tipos de exercícios é bem variada e nem sempre bem delimitada. Cada vez mais há modalidades que misturam vários tipos.
Mas para simplificar este vídeo, vamos dividir em dois grupões: o cardio e o treinamento de força. Tá bom? Acho que entender esses dois já nos ajuda bastante.