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Se você chegou até aqui é porque provavelmente está se sentindo sem energia ou com dificuldade para desempenhar tarefas importantes no seu dia a dia.
E é exatamente sobre isso que iremos falar hoje. Aliás, mais do que falar sobre os motivos da sua falta de energia, eu vou lhe dar dicas eficazes para ter toda a energia necessária para fazer o que precisa ser feito e viver uma vida plena, é claro.
Antes de mais nada, a gente precisa entender um pouco mais sobre energia.
Porque a primeira coisa que vem à nossa cabeça quando falamos em energia é energia física simplesmente. Mas na verdade, energia é muito mais que isso. Ou melhor, ela existe de diferentes formas.
Talvez a sua falta de energia seja mesmo uma falta de energia física, em consequência de déficit de sono, por exemplo. Aí, não há nada mais a ser feito se não tratar essa falta de sono, dormindo mais e melhor.
Veja também:
Vou dar dicas sobre sono aqui mais pra frente, é claro.
Mas antes eu quero que você identifique o tipo de energia que você está sentindo falta.
Você já dormiu por horas e mesmo assim sentiu que já acordou cansado?
Então provavelmente não é o sono que está faltando.
Isso porque usamos energia para uma série de atividades, muitas delas físicas, mas também intelectuais, sociais e emocionais, só para citar algumas.
Se temos um desgaste emocional com alguém, isso sim consome energia. Se estudamos ou lemos por muito tempo, estamos consumindo energia sem sair do lugar.
Tem gente, como eu, que se sente cansada em interações sociais por exemplo. Porque tudo depende do esforço que colocamos em cada atividade.
Aliás, fala-se muito em gerenciamento do nosso tempo para sermos mais produtivos. Mas e se falássemos em gerenciamento de energia?
Vamos tomar como exemplo, um dia típico:
Você acordou, caminhou por uns 30 minutos para fazer uma atividade física: gastou energia.
Mas aí, você voltou pra casa, pegou o carro e dirigiu até o trabalho. Já gastaria uma boa quantidade de energia nisso. Mas e se somamos aquele filhos da puta que avançou o sinal e quase bateu no seu carro? Você ficou irado com aquilo, chegou no trabalho contando a cena para todo mundo… enfim… podemos concordar que você gastou energia nisso tudo, certo?
Aí você trabalhou por oito horas, teve que aguentar gente que você não gosta muito, responder emails desnecessários, participar de reuniões menos necessárias ainda… a energia só vai caindo no ralo.
Você chega em casa e o que faz? Vai pra rede social. Se vai para o Instagram é só gente bonita com vida perfeita para lhe deixar ainda mais estressado com o seu dia nada perfeito.
Se vai para o Twitter é um bombardeio de negatividade que vai sugando toda a sua esperança na humanidade….
Mas peraí… já ia me esquecendo: enquanto tudo isso estava acontecendo, você ainda passou o dia inteiro conectado no WhatsApp, estou enganada?
Enfim, provavelmente sua falta de energia não é culpa do tal colchão duro que não lhe deixa dormir direito.
Não é falta de recursos, mas falta de gerenciamento dos recursos. Você está colocando sua energia no lugar errado.
E eu sei que nessa estorinha que eu contei fica fácil identificar onde estão os vazamentos de energia e que na vida real, quando a gente está correndo para fazer tudo, às vezes fica difícil identifica-los.
É por isso que precisamos ter uma posição mais ativa em relação ao nosso gasto de energia. E o primeiro passo é entender o que nos cansa mais porque, para deixar tudo isso ainda mais complicado, nós não nos cansamos iguais.
Eu comentei que me canso em interações sociais. Pois bem, eu sou uma pessoa introvertida e como tal, não me sinto tão à vontade em situações de muita interação com outras pessoas.
Se estou em um ambiente que exige que eu socialize mais, ou seja, me exige que faça algo com o qual não me sinto tão confortável, eu vou ter que direcionar minhas energia para superar essa dificuldade. Logo, eu vou gastar muito mais energia do que se eu estivesse fazendo uma atividade que é mais fácil para mim.
E eu sei que muitos que estão me ouvindo, devem até achar estranho porque são o oposto: gostam de interações sociais e até se sentem mais energizados quando estão cercado de pessoas.
Então eu não posso falar para essas pessoas deixarem de interagir com outras para poupar energia, porque elas se beneficiam de ambientes sociais.
Logo, você já deve até imaginar o que eu vou falar.
Você precisa se conhecer e entender o que lhe dá energia e o que lhe tira energia. E a partir disso tomar decisões mais inteligentes de como você vai gastar sua energia.
Exemplo pessoal: eu evito ao máximo ter compromissos sociais em dias seguidos. Se vou a uma reunião de amigos hoje, eu não vou marcar outra amanhã. Porque eu sei que preciso me recuperar.
Só para deixar claro: isso não tem nada a ver com não gostar das pessoas. É que eu, por causa da minha personalidade, preciso colocar muito energia nessa atividade.
Mas, em contrapartida, eu posso ler e estudar por horas, porque são atividades fáceis para mim e exigem pouco da minha energia. Logo, quando eu faço a minha agenda, eu sei que posso colocar espaço de horas para fazer esse tipo de atividades.
Então você precisa começar a entender como funciona o seu consumo de energia. Tem duas alternativas simples para isso:
Uma delas é fazer um diário. No final de cada dia, liste o que você fez e tente analisar o se nível de cansaço. Tente criar uma escala, tipo, de 1 a 10, como você se sente cansado.
Outra coisa que você pode fazer é depois de cada atividade se analisar e também tentar dar uma nota para o seu nível de energia.
Com o tempo você vai perceber seus pontos fortes e fracos. E então pode potencializar o que dá certo para você e pensar em soluções para lidar com tudo aquilo que lhe prejudica.
Ok, acho que agora entendemos que há diferentes canais de energia e que cada um gasta energia de forma diferente.
Mas há sim princípios universais de ganho e gasto de energia que precisamos saber se quisermos gerencia-la melhor.
Sem querer entrar em algo muito técnico, mas explicando o que precisa ser explicado… talvez você se lembre da palavra mitocôndria das aulas de biologia lá atrás na escola.
As mitocôndrias são conhecidas como as usinas de energia das nossas células. Pensa que dentro das células que compõem o nosso corpo, as mitocôndrias estão lá trabalhando freneticamente para nos fornecer energia.
O problema, é que com a idade, a gente vai perdendo essas mitocôndrias. Consequentemente, nossas células vão produzindo menos energia.
Há também outros fatores relacionados com doenças ou condições de saúde que podem diminuir o número de mitocôndrias, mas para deixar o tópico mais universal, vamos falar do fator que incide sobre todos nós: o envelhecimento.
Então, é fato: com o tempo vamos naturalmente perdendo a capacidade de produzir energia.
Mas também é fato que podemos atenuar esse processo. Estudos mostram que atividades físicas regulares incentivam a produção de mitocôndrias pelo nosso organismo.
É por isso que é errado pensar que exercícios físicos nos deixam sem energia, ao contrário, nos ajudam a manter nosso nível de energia elevado.
É claro que você se sente cansado logo após uma sessão de exercícios, mas esse cansaço é passageiro e, inclusive, atenuado à medida que você faz dos exercícios um hábito e ganha condicionamento físico.
Viu? Em vez de usar a falta de tempo para fazer atividades físicas, use as atividades físicas como fonte de energia e, consequentemente, ganhe mais tempo útil no seu dia a dia.
Outro fator universal que pode estar lhe impedindo de ter energia suficiente no seu dia a dia é a alimentação.
Eu gosto muito de trazer dicas simples que qualquer um pode colocar em prática e ver resultados concretos com elas. Então, em vez de lhe falar sobre quais nutrientes podem estar faltando na sua alimentação eu vou lhe dar uma dica que vai resolver o problema da maioria das pessoas que estão com esse problema:
Preste atenção na qualidade dos alimentos que você está consumindo. Se a sua dieta for balanceada e tiver o mínimo de produtos processados possíveis, é bem provável que você obtenha toda a energia necessária para o seu dia a dia.
E resumindo ainda mais esse tópico para facilitar: tome muito cuidado com os açúcares.
Existe essa falsa impressão de que o açúcar é uma fonte de energia que irá nos ajudar quando na verdade, ela faz o contrário.
Se bem, ele sim é uma fonte de energia, é uma fonte não duradoura – para dizer o mínimo. Eu fiz um vídeo explicando tudinho sobre macronutrientes e lá contei como o nosso corpo lida com carboidrato simples (neste caso o açúcar) e por que é uma fonte de energia péssima.
Se você não viu, recomendo muito assisti-lo porque lhe ajuda bastante a tomar decisões conscientes e ter uma vida mais saudável sem muito esforço:
Resumindo: você acha que o açúcar vai lhe dar energia, mas na verdade ele tem o efeito contrário. E ele pode ser inclusive um dos motivos por você estar se sentindo sem energia neste momento.
E se você tem uma dieta equilibrada, mas ainda assim sente um cansaço físico constante, procure um médico ou um nutricionista. Eles poderão lhe ajudar a saber se seu organismo não está absorvendo algum nutriente e como você pode resolver esse problema.
Não se esqueça também de beber bastante água porque desidratação também pode aumentar a fadiga.
Aliás, já pensou se você está se sentindo cansado e ai descobre que só estava faltando água nesse tempo todo? Faça o teste hoje, tome mais água e veja como se sente.
E o último tópico que eu queria falar é sobre cansaço sensorial. Sim, ele existe.
Você já se sentiu exausto depois de fazer compras? Eu acho o supermercado ou shoppings dois dos lugares mais sugadores de energia. Isso porque a nossa mente recebe muito estímulo o tempo todo.
A gente tá vendo os produtos, os preços… ai tem os cartazes tentando chamar nossa atenção… e a decisão se compramos algo ou não… já parou para pensar como é desgastante?
Esse cansaço que a gente sente é o cansaço sensorial, quando nosso cérebro recebe muito estímulo de uma só vez e por muito tempo.
Advinha outra fonte poderosíssima de cansaço sensorial? Isso mesmo, redes sociais.
Ficar escrolando infinitamente e recebendo muito informação exige muito do nosso cérebro. Por mais que a gente ache que está descansando ou relaxando, estamos na verdade levando nosso cérebro à exaustão.
Por isso é importante nos impor limites. Em vez de pegar o celular a cada segundo que você tiver de descanso, reserve apenas um tempinho do seu dia para isso.
Quando você tiver um período de descanso durante o dia – seja aguardar numa fila, caminhar um quarteirão, esperar o ônibus – , faça o que tem que ser feito: descanse. Ficar entediado também é bom porque ajuda nosso cérebro a descansar.
Então resumindo, minhas dicas de hoje:
- Entenda o que consome mais a sua energia e pense em estratégias para lidar com isso.
- Faça exercícios físicos regularmente.
- Tenha uma alimentação equilibrada
- Beba muita água
- Faça pausas de estímulos sensoriais, principalmente redes socias
- Procure sempre ter uma boa noite de sono
A gente não tinha falado de sono, né?
É porque essa é a base da nossa energia e achei que começar por ele seria meio obvio e desinteressante.
Mas não podemos negligenciar nosso sono. A Organização Mundial da Saúde recomenda que adultos tenham de 7 a 9 horas de sono por noite.
E não é só uma questão de quantidade, mas de qualidade. Então, lembre-se de se preparar para uma boa noite de sono com passos muito simples:
Respeite uma rotina de sono, ou seja, durma e acorde todos os dias no mesmo horário. Isso ajuda a regular o seu ritmo e melhora a qualidade do sono.
Evite telas (seja de tv, celular, computador) por duas horas antes de ir para cama.
Evite cafeina por seis horas antes do seu horário de dormir.
Não faça exercícios físicos até duas horas antes de ir para a cama. Em vez de lhe deixar cansados, eles lhe darão energia e atrapalharão seu sono.
Não consuma bebidas alcóolicas. Apesar de lhe deixarem sonolentas, elas pioram a qualidade do seu sono.
Se você quiser, eu posso fazer rum vídeo só sobre sono e como dormir melhor. Se esse assunto lhe interessa, comenta aqui embaixo que eu preparo algo bem especial para você.
Vejo você na nossa próxima conversa.
